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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

RELATO DA AULA 24/10/2013 - FUNDAMENTOS DE RODA

RELATO DA AULA 24/10/2013

Acadêmico: Danilo Cristiano Bonora
Matrícula: 12103609




Na aula de hoje além de recapitular sobre os temas acrobacias na capoeira e fundamentos de roda, aprendidos nas últimas aulas. A aula de hoje foi praticamente uma revisão da aula do dia 03/09/2013.

A aula se deu em círculo onde o professor relembrava e praticava com os alunos os exercícios.

O Professor relembrou sobre a importância do Berimbau, sobre sua composição

“ O que é berimbau?  A cabaça um arame e um pedaço de pau ”

A cabaça = feita do Porongo - Fruto não comestível, caracterizado por seu tamanho grande, formado por uma casca grossa e com sementes por dentro, sem polpa. Utilizado para confecção de cuias de chimarrão, berimbau (concha acústica), ou mesmo para fazer casas de passarinhos.

O Arame = No intrumento se transforma em corda Geralmente a corda é extraída do pneu de carro.

O pedaço de Pau = geralmente, feito de biriba, uma madeira que está quase em extinção. O nome da árvore já nos remete ao som de uma instrumento já popular no Brasil: o berimbau. É da Biriba que se faz o melhor berimbau, dizem os percussionistas e artesãos especializados no instrumento. Encontrada sobretudo na Bahia, a Biribá, o berimbau e sua história estão diretamente relacionados a capoeira, essa mistura de luta e dança tão praticada no Brasil. Biribá vem do tupi e significa: “Fruto da arvore da casca de fazer tiras”. Também chamada de Araticum do Amazonas. No sul pode ser feito com outras arvores como o Rabo de Macaco ou Cumbatá.


Recapitulamos os tipos de toques :
Os diferentes ritmos utilizados na capoeira, como tocados no berimbau, são conhecidos como toques. Estes são alguns dos toques mais utilizados:
·         São Bento Pequeno -
·         São Bento Grande
·         São Bento Grande de Bimba
·         Iúna
·         Cavalaria
·         Santa Mariahttp://www.youtube.com/watch?v=f1q5Fhg-Pjg
·         Banguela
·         Idalina
        

O Toque de Angola assim como o toque de São Bento Pequeno Durante uma roda de capoeira o toque de Angola normalmente é executado com poucas variações pelo berimbau Gunga (ou berra-boi), enquanto o berimbau Médio executa o São bento pequeno e o berimbau Viola segue o Berra boi com um toque são bento grande o mais variado e criativo. O toque comanda um jogo mais lento e estratégico, onde o maior objetivo do capoeirista é enganar o adversário para poder lançar um contra-ataque. O jogo de angola é estratégico e malandro que sem medo no jogo pode até machucar o adversário. O toque Angola é caracterizado pela seguinte sequencia de toques e batidas no berimbau: Duas batidas chiadas ou semi presas, uma batida solta e uma batida presa. Caracterizando txi txi, don, tin.


O Toque de São Bento Pequeno é um toque intermediario entre o toque de Angola e o Toque de São Bento Grande.
Cadenciado e lento (mas pode ser rápido), ele é executado com duas batidas apenas com o apoio do dobrão sobre o aço, seguida rapidamente de uma terceira batida marcada pelo dobrão, uma batida no aço solto e um balanço do caxixi. O toque São Bento pequeno  é caracterizado pela seguinte sequencia de toques e batidas no berimbau: Duas batidas chiadas ou semi presas, uma batida presa e uma batida solta. Caracterizando txi txi, tin, don.

O Toque de São Bento Grande é muito importante, pois acompanha qualquer tipo de jogo, além de ser ideal para o acompanhamento dos toques corrido. É um toque utilizado no jogo de Angola, é tocado com o berimbau viola e fazendo repiques. Há grupos de capoeira que usam o toque São Bento Grande de Angola para jogar a um jogo rapido e de floreios. São Bento Grande de Angola seria o mesmo que a capoeiragem do tempo dos escravos, apenas assim denominada e talvez com algumas modificações. O toque São Bento Grande de Angola é caracterizado pela seguinte sequencia de toques e batidas no berimbau: Duas batidas chiadas ou semi presas, uma batida presa e duas batidas soltas. Caracterizando txi txi, tin, don don.


O professor comparou o Berimbau com um Vinho, se tratado com cuidado  tanto na montagem e desmontagem quanto tocando, o mesmo proporcionará um belo acorde, o mesmo acontece com o vinho se guardado e cuidado com cuidado proporcionará um belo sabor.


Geralmente a roda é formada pelos seguintes instrumentos


3 berimbaus
2 pandeiros
1 agogo
1 reco-reco
1 atabaque

Na aula também tivemos a participação da Profª DANUZA MENEGHELLO é professora de capoeira do grupo palmares e professora de Geografia do Colégio de aplicação.
Ela contou um pouco da introdução da capoeira no curso e sobre a cultura de resistência (capoeira). Que iniciou como uma disciplina optativa e eventualmente EFC  e com muita luta, se tornou uma disciplina e que até hoje tem gente querendo tirá-la do currículo ou até da universidade.

Fizemos nossa primeira Roda de capoeira, unindo os instrumentos com as gingas, foi bem bacana.

O professor nos ensinou como devemos entrar na roda:

Entrar na roda e permanecemos agachado até o termino da ladainha e louvação, depois do mestre liberar o inicio do jogo o capoeirista se benze pedindo proteção, cumprimentando o oponente e iniciando o jogo sempre com muito cuidado para não levar um golpe "de bobeira".

O professor nos ensinou sobre os tipos de chamada de angola, fundamento da chamada compõe  a teatralidade presente na roda de capoeira.

As chamadas


Durante o jogo podem ocorrer as chamadas, movimentos que servem para testar ou provocar o oponente com quem está jogando. Quando se faz uma chamada ambos devem ter o máximo de cuidado, pois a chamada é uma armadilha onde se visa surpreender. Os Mestres mais experientes fazem chamadas como forma de distrair o companheiro e atingi-lo de surpresa. Há vários tipos de chamada: de frente, de costas, sapinho e outras. Se o parceiro não quiser responder a chamada ele deve ir até o pé do berimbau e chamar o seu camarada para uma nova saída.


Outro tema introduzido como fundamento de roda, foi a compra de jogo. Comprar o jogo na capoeira angola não é muito comum, isto é, deve-se esperar que os dois jogadores saiam da roda para que outros dois comecem um novo jogo, mas este fundamento varia de grupo a grupo.




segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Relato de aula 26 de setembro

Por  Mayara Luiza da Silva

RELATÓRIO DE AULA

            Na quinta-feira do dia 26 de setembro de 2013, a aula de capoeira foi ministrada por um aluno intercambista do curso de licenciatura, Arestides Joaquim Macamo, natural de Moçambique. Ele explicou que o professor Fabio estava muito doente naquele dia e, por tal motivo, pediu para que ele fosse ministrar a aula.
            Arestides então comentou que iria ministrar uma aula dando continuidade ao tema acrobacias, o qual viemos vivenciando nas ultimas aulas. Deu inicio então a aula com uma longa série de aquecimento e alongamento. No aquecimento, iniciou comandando um trote pelo ginásio de alumínio em circulo, e foi aumentando a velocidade gradativamente. No decorrer dessa “corridinha”, ele ia dando comandos, como troca de direção do sentido horário para o anti-horário, e vice-versa. Comandou também corridas laterais, com as mesmas trocas de direções.
            Terminando essa etapa da aula, paramos permanecendo em roda, ele comandou uma série de alongamentos/aquecimentos das articulações, focando nas falanges, ombros, punhos, e encerrando com o alongamento dos membros inferiores.
            Iniciando o desenvolvimento, parte principal, da aula, a primeira atividade foi em relação ao “AU”, todos deveriam ir de uma extremidade a outra do ginásio, fazendo o AU mais baixo com as pernas quase tocando o chão, o AU mais intermediário, e o AU alto, com as pernas bem elevadas. Como segunda atividade, mas ainda na acrobacia AU, todos deveriam experimentar fazer o AU utilizando apenas uma das mãos como base de apoio, alternando a mão de apoio.

            Outra atividade, dessa vez realizada em trios, foi a parada de mão em dois apoios, onde um deveria realizar a parada de mão e os outros dois se posicionarem nas laterais dele afim de auxilia-lo na realização correta da acrobacia, deixando o tronco reto como se estivesse em pé. O trio ia se revezando para que todos experimentassem o exercício e fossem corrigidos se necessário.
            Arestides também passou exercícios de iniciação a acrobacia Macaquinho, duas ou três atividades relacionadas a ela. Algumas em duplas, afim de um auxiliar o outro (onde um da dupla deveria deitar em decúbito dorsal no chão e fazer uma “ponte” com o corpo) e outras individuais, as quais não consigo descrever tecnicamente aqui.
            Já caminhando para o termino da aula, pediu que fizéssemos jogos em duplas, primeiramente permitiu que as duplas se distribuíssem a vontade pelo espaço do ginásio, e gradativamente, sem que os alunos percebessem, foi fazendo com que todas as duplas jogassem na metade do espaço do ginásio, até que todos estivessem jogando no espaço referente à ¼ do ginásio. O que fez com que os alunos não só prestassem atenção no seu jogo, mas também nos jogos ao seu redor, para que não ocorresse nenhum tipo de acidente.

            Finalizando então a aula, todos no centro do ginásio em roda, e ali realizamos algumas atividades com o principio de utilizarmo-nos da malandragem, algo muito presente na capoeira. A primeira, ainda em pé, era o Mata mosquito. Uma pessoa flexionava o tronco à frente e as duas pessoas posicionadas a sua direita e esquerda deveriam matar o mosquito, e assim sucessivamente em sentido anti-horário. A outra atividade foi do “Xá xé xi xo xu”, agora sentados no chão. Em sentido anti-horário, deveríamos falar XÁ e a pessoa do nosso lado direito falar XÀ também. Quando alguém falasse XAXÁ ao invés de XÁ, o sentido deveria mudar de anti-horário para horário. Caso alguém errasse o sentido da repetição, ao invés de falar Xá na sua vez falaria Xé, e assim progressivamente até alguém chegar a ser Xu.

A ultima atividade da noite foi muito divertida também. Ainda utilizando dessa formação e iniciando no sentido anti-horário por uma pessoa da roda, deveríamos falar para a direita a frase “o que?” e para a esquerda “capoeira!”. Então, ou o sentido da roda caminhava para a direita com a frase “o que?” ou o sentido caminhava para a esquerda com a frase “capoeira!”, alternando várias vezes o sentido da roda e causando confusão!