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sábado, 28 de abril de 2012

RELATO DA SÉTIMA SEMANA DE AULA




RELATO DAS AULAS DE CAPOEIRA DA SETIMA SEMANA.
Por Júlia
A aula do dia 17/04 consistiu na recuperação da aula anterior, a técnica principal da meia-lua solta e outros movimentos. Relembrando que a meia-lua de compasso é realizada com as duas mãos, a meia-lua solta realizada com uma das mãos e também a meia-lua solta realizada sem mãos, com o tronco mais elevado.
1° momento: círculo de conversa
Foram feitos comentários sobre o documentário "O povo Brasileiro", onde pontos da cultura indígena foram levantados, como por exemplo, quando o guerreiro derrotado se transforma em alimento num ritual. Abordamos o choque civilizatório entre a cultura europeia, recém chegada, e a nativa, com hábitos bastante peculiares. Logo, o professor fez um relato sobre sua viagem ao Uruguai, destacando na sua cultura o Candombe, que não é a mesma coisa que o candomblé brasileiro, a não ser pela mesma origem: a cultura dos escravos negros que se desenvolveu sob a chibatas, os castigos e a escravidão no continente americano. Um virou religião, o outro, música. O candombe é o ritmo popular por excelência do Carnaval afro-uruguaio, paixão que lembra o samba e que ocupa as ruas e os teatros da capital. As "Llamadas" reproduzem e recordam um ritual herdado da escravidão negra, quando os cativos, na falta de outras possibilidades mais diretas de comunicação, chamavam e alertavam seus companheiros com o toque dos tambores. Se para sambar bem o segredo está em conseguir coordenar, com graça, naturalidade e ritmo, o gingado dos quadris e o movimento de pernas e pés, no candombe a ordem é manter cintura e pés em segundo plano, enquanto os braços ganham destaque, alternando-se suave. Logo após, fizemos um Comentário sobre a gravação do CD ao vivo na Roda da Figueira, que vai acontecer dia 21 de abril às 12hrs na Praça XV de Novembro. 2° momento da aula: aquecimento e alongamento: Atividade do carangueijo, que pode ser utilizada nas escolas. Acontece com o aluno em quatro apoios, decúbito dorsal, em movimento pelo ginásio, faz um comprimento com o toque dos pés com outro colega. Em decúbito ventral, quatro apoios e fazem um comprimento com a cabeça. Em decúbito dorsal, quatro apois, fazem comprimento com toque das mãos com o colega. Realizamos um Alongamento geral e uma Atividade (brincadeiora de pagar dos escravos), que consiste em um pega-pega, onde quem é pego se agaixa com as mãos na cabeça, e para ser salvo, um colega deve passar a pena por cima do colega agaixado e girtar Zumbi. Muda os pegadores, e agora ao ser pego fica em pé com as pernas afastadas e para ser salvo, um colega deve passar por baixo das pernas e gritar Princesa Isabel. Troca os pegadores, e agora os escravos pegos vão formando uma corrente até todos serem pegos.  OBS: grande empolgação dos alunos nessa atividade dos escravos, principalmente por envolver traços da origem da Capoeira. 3° momento:treinamento e aperfeiçoação: Todos gingam, e o professor realiza um golpe e todos devem esquivar para o lado correto e de maneira certa. Em duplas gingam e trocam golpes, treinando a esquiva (é um movimento de defesa na capoeira. Seu objetivo é evitar um golpe sem tocar no oponente). OBS: Momento de compartilhamento de experiência e aprendizado. Em seguida, em duplas, relembram a sequência dada na aula anterior.  Um da dupla realiza uma meia- lua (golpe giratório, se executa erguendo-se o pé, empurrando-o para fora e puxando para dentro em forma de uma meia-lua. Quando chega à frente da outra perna encolhe-se), e o outro esquiva e faz um AU (movimento de locomoção do capoeirista na roda, que permite aproximar-se ou afastar-se do oponente, armando ataques e executando defesas). O primeiro faz outro meia- lua e o colega realiza uma negativa e esquiva com rolê (movimento de defesa utilizado na capoeira, onde com uma das mãos se proteje o rosto e a outra vai ao chão, com uma perna esticada para a frente e a outra dobrada é o apoio do corpo. O rolê é uma volta de 180° que se dá com os pés e as mãos no chão. Essa movimentação serve para se defender de um golpe, escapar do adversário e voltar para a ginga). Depois inverte. O Professor para  aula e mostra a meia-lua novamente, a meia-lua solta (com o tronco mais elevado), e todos praticam. Em duplas, um realiza meia-lua solta e o outro esquiva. Depois inverte.  OBS: a meia-lua realizada individualmente foi feita com mais facilidade, e em dupla foi feita com maior dificuldade. Outra sequência: Em duplas, um faz meia-lua e o outro esquiva e sai e AU, intercalam. Depois um faz meia-lua solta e entra com uma cabeçada (usado para desequilibrar ou contundir o adversário, atingindo-o no peito, na barriga ou na face. Através da ginga ou diretamente de uma esquiva, o capoeirista lança sua cabeça pra frente contra o adversário. Geralmente esse tipo de movimento é usado como contra-golpe, mas às vezes se usa de uma forma amigável após o término do jogo entre dois capoeiristas) quando o outro está esquivando em AU, intercalam e depois trocam de duplas. Por foim, foi realizado o "Jogo solto", em duplas, onde se usa todo o repertório aprendido, com mistura de movimentos. Tentando “marcar pontos” fazendo uma rasteira (consiste em apoiar as mãos no chão e rodar a perna, num ângulo de 180º, ate que se encaixe por trás do pé do adversário e então o arrasta pra si com o objetivo de derrubar o adversário) ou um martelo (se executa erguendo-se a perna ao mesmo tempo que o corpo é deixado de lado, batendo com a parte de cima do pé). OBS: diferentes tipos de esquiva (esquiva lateral, esquiva alta, esquiva com role), mudando em cada dupla. Jogo com mais divertimento e troca de ensinamentos. 4° momento: volta calma e círculo de conversa: caminhada pelo ginásio, ao parar cada um tenta acompanhar sua frequência cardíaca (realizar a contagem é acompanhá-la por 30 segundos e multiplicar o resultado por 2). Um trabalho de respiração durante o alongamento final. Nova conversa sobre o tango, cambombe, samba, e suas proximidades com a Capoeira. Comentário sobre os aspectos culturais da Capoeira, sua proximidade com o samba dos Anos 60.
Aula do dia 19/04 constitui-se em uma roda de Capoeira e uma prévia da Avalição da próxima aula. Como também, uma aula de troca de aprendizagem. 1° momento: círculo de conversa: Aviso da avaliação do meio do semestre, que vai ocorrer dia 26/04 e serão observados a localização na roda, os fundamentos e o aprendizado com os instrumentos. Nesta roda de Capoeira recebemos o Marcos (aluno capoeirista do grupo Abadá e com problema na perna esquerda devido a um acidente de moto) como convidado para participar da roda. 2° momento: aquecimento e alongamento: O Aquecimento foi passado pelo Cauê, um pega-congela, onde para ser salvo, o colega deveria passar por baixo das pernas de quem estava pego. Alongamento geral. Em duplas fazem um jogo livre, troca de duplas. (Momento de aprendizagem um com outro) 3° momento: roda de capoeira:  Todos cantam, todos lutam pelo menos uma vez, e tocam um pouco de cada instrumento (berimbau, pandeiro, reco- reco). Compartilhamento de saberes do jogo, contanste simulação de ataques e defesas. Uma roda, como manda a tradição, deve ser regida pelo som de três berimbaus. Um com som amis grave – o berra-boi, um com som intermediário – o médio, e um com som mais agudo – o viola.  Além de ditar o ritmo e o estilo de jogo, o berimbau também determina o ritmo das músicas da capoeira, que são classificadas em ladainhas, chulas ou quadras e corridos. 1° jogo de conhecimento, aquecimento. 2° chamada de angola; 3° compra de jogo; Inicia a roda com uma ladainha (ritmo mais calmo), do meio para frente recebe um embalo (com ritmo mais acelaro). 4° momento: círculo de conversa: todos expõem sua experiência na roda, pontos de aprendizagem, facilidades e dificuldades.

Um comentário:

  1. Um relato de aula deste e nenhum comentário... Pessoal, aproveitem para debater, refletir, perguntar, tirar duvidas, enfim ajudar a construir a memória do nosso curso de capoeira. abraço Bagé.

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