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domingo, 1 de abril de 2012

RELATO DA TERCEIRA SEMANA DE AULA



RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA TERCEIRA SEMANA DA DISCIPLINA DE CAPOEIRA. RELATOR: Liciara Bellina Hoffmann
        
 A quinta aula, ministrada no dia 20 de março de 2012 (terça-feira) trouxe atividades de práticas corporais de interação entre o grupo, focando na relação de confiança entre os alunos e na harmonia e continuidade dos movimentos executados. A atividade iniciou com uma vivência realizada pela aluna Gabriela, formando círculos com os alunos, e um no meio, de olhos vendados, pendia para os lados enquanto os colegas o sustentavam. Em seguida formaram-se duplas que deveriam fazer formas que se completassem, após formaram-se trios e depois grupos maiores até alcançarmos o grande grupo trabalhando em conjunto. As experiências envolveram confiança, integração e trabalho em grupo. Em seguida houve a leitura de um breve trecho do livro “O que é a capoeira” de Almir das Areias e de uma música relatando a presença do "bem e do mal", da contradição e da ambiguidade nas rodas da capoeira. Depois, fizemos um breve aquecimento com um jogo livre entre duplas, e retornamos o aprendizado dos movimentos giratórios, agora unindo vários movimentos, dentre os quais estavam presentes as esquivas, paradas de mãos, chapas, armadas, negativas e martelos de chão. Ao fim da aula, realizou-se uma movimentação no solo, com giros para a direita e esquerda. A partir da posição inicial aproximada de "caranguejo" (ou seja, com a barriga voltada para cima, sem encostar as costas no chão, com os joelhos quase tocando o chão e apoiado na ponta dos dedos dos pés), o aluno deveria se apoiar em um braço (estendido), sendo que toda a palma da mão tocasse o chão, com os dedos apontados para os calcanhares (o outro braço ficava "livre"). Então, deveríamos olhar para um ponto fixo no chão (do lado correspondente ao que faríamos o giro) e executar o giro do corpo, saltando com ambas as pernas para aquele ponto demarcado, sempre se apoiando no braço de apoio. Alternar giros para a esquerda e para a direita, até completar o percurso. Com isso, finalizou-se o dia.
         A sexta aula ministrada no dia 22 de março de 2012 (quinta-feira) teve como foco a apresentação dos instrumentos utilizados na capoeira. Iniciou-se com um aquecimento de movimentos giratórios através de um jogo alto, três vezes, e em seguida o jogo baixo, três vezes. Fez-se uma roda onde o professor apresentou os berimbaus, os pandeiros e o reco-reco, explicando também a forma de fabricação dos berimbaus através de uma música: “O que é berimbau? A cabaça, um arame e um pedaço de pau” CABAÇA: A cabaça, também chamada de porongo, provém de um fruto do qual também são feitas as cuias de chimarrão. Pega-se a parte redonda, faz-se um furo com um diâmetro que não supere a distância de três dedos das laterais da cabaça, criando assim a caixa de ressonância do berimbau. ARAME: É feito a partir de pneus de carros, dos quais se retira um fio de aço utilizado para reforçar as bordas do pneu. De um pneu se pode retirar aproximadamente 15 fios. PEDAÇO DE PAU: Para fazer o berimbau, o ‘pau’ (ou verga) deve ser feito com uma madeira que não tenha muitos nós, como a “biriba” (a mais usada) ou “guatambu” (mais fácil de encontrar). Os outros objetos que auxiliam no toque são o caxixi (que é um pequeno cesto de alças trançadas que contém contas de lágrimas, conchas marinhas ou búzios, utilizado como chocalho), a vaqueta (ou baqueta, para percutir a corda) e o dobrão (antigamente uma moeda de 40 réis) utilizado para pressionar o arame e variar o som, criando uma nota mais aguda. No jogo de capoeira angola utilizam-se três berimbaus: o gunga, o viola e o violinha, a variação entre os tamanhos das cabaças varia o tipo do berimbau. A especificação de cada um vem a seguir: GUNGA: chamado também de berra-boi, é o que comanda através do toque mais grave; o ritmo tocado é o ‘angola’ (Ti-Ti, Ton, Tin - dois chiados, um aberto e um fechado), provavelmente o toque mais conhecido de todos. O tocador geralmente inicia e lidera a cantoria, comandando também os jogadores “ao pé do berimbau” a entrar e sair da roda. VIOLA: conhecido também por médio, toca o ritmo São Bento Pequeno, composto pela sequência “Ti-Ti, Tin, Ton”, similar ao angola porém com o alto e o baixo invertido no final e chacoalhando forte o caxixi no fim. VIOLINHA: com um tom mais alto, toca o São Bento Grande, onde se acrescenta uma batida no final, ficando “Ti-Ti, Tin, Ton, Ton”. Segura-se o berimbau com uma das mãos na altura da cabaça, com o mindinho abaixo da corda que a prende. A mesma mão segura o dobrão com o dedão e o indicador controlando o toque do arame.  Outra mão segura o caxixi e a vaqueta, realizando a percussão da corda e do chocalho. Os pandeiros e o reco-reco seguem o ritmo dos berimbaus, enfeitando o som e a melodia cantada. Em seguida os alunos se revezaram tocando os instrumentos, onde o professor explicou a disposição da roda (segue em ritmo anti-horário) e os espaços entre os alunos (que devem sempre ser preenchidos); e com a chegada de duas professoras de capoeira fez-se a primeira roda da turma, dirigida e cantada por elas onde os alunos jogaram pela primeira vez.

Um comentário:

  1. William Salles


    Galera, parabéns pelo Blog!
    Tem muitas informações imprescindíveis para nosso crescimento enquanto praticantes de Capoeira.
    Vamos tod@s contribuir para que ele fique ainda melhor, postando textos, artigos, fotos e vídeos relacionados à Capoeira, o que só enriquecerá nossa disciplina e, mais ainda, nossa formação.

    Grande abraço,
    William

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