Seguidores

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Relato da aula do dia 20 de agosto de 2013

Relato da aula do dia 20 de agosto de 2013

Por Camila Dalprá Machado Ritter

No dia 20 de agosto de 2013, as 18h30min, os acadêmicos da disciplina de teoria e metodologia da capoeira se encontraram no ginásio de alumínio para a aula de capoeira com o professor Fábio Machado Pinto.
A aula deu-se inicio com todos os presentes na formação de roda (Roda bem fechada com a finalidade de manter as energias do grupo). Iniciou-se uma breve conversa sobre a aula anterior e os pontos relevantes que a mesma apresentou (significado da roda, a ginga e como deve ser a posição das partes do corpo durante o movimento, das esquivas, etc)
O professor Fábio pediu aos alunos que em duplas, fizessem massagens uns nos outros, e ao decorrer as duplas iam sendo trocadas.  Depois todos sentaram no chão, tiraram os calçados e os jogaram no centro da roda, e iniciou-se uma massagem nos pés, individual.  Durante a massagem foi solicitado que ouvíssemos e cantássemos o refrão da musica que estava tocando.  Após deu-se inicio a alongamentos.
Depois começamos a relembrar de forma pratica as esquivas e meia lua. Sempre com um fundo musical, o professor solicitou fizéssemos a ginga de acordo com o ritmo musical e também as esquivas. Depois formamos duplas e tínhamos que gingar um de frente para o outro e realizar a meia lua e esquiva, um executava a meia lua e o outro realizava a esquiva. Num dado momento foi solicitado que a esquiva fosse o mais baixo possível.
Ainda em duplas, dessa vez deveríamos realizar a meia lua e fazer o movimento continuado realizando a armada. Enquanto que o companheiro da dupla realizava a esquiva.
O professor pediu que executássemos a ginga e os movimentos cantando as musicas (o ritmo é incorporado à movimentação).
Após essa parte prática, o professor solicitou que sentássemos em um colchão e fez uma leitura da cartilha de capoeira (Capoeira da ilha - fornecida aos alunos no primeiro encontro). Esta cartilha aborda diversos depoimentos sobre a capoeira, depoimentos do mestre Pop, do mestre Pinóquio, Jimmy Wall, Desenho, Jô, contramestre Adão, Gão, Bagé, mestre calunga, Danuza.
O mestre Pop afirma que a capoeira é resultado de um processo histórico e com características muito próprias da formação, da cultura e da politica brasileira, dadas características de sua colonização, a capoeira emerge de uma realidade única do mundo.
O mestre Pinóquio diz: Tem o cara que vive, ele tem a capoeira como uma filosofia de vida, que é o meu caso...
Além desses depoimentos, a cartilha também apresenta um mapa de localidades da capoeira da ilha e as principais rodas de capoeira.

Fez a leitura da musica Ladainha: Não é luta de patrão, e quando a leitura chegava ao refrão, cabia a nós alunos pronunciarem (A capoeira não é luta de patrão). E assim deu-se o término da aula, às 20 horas. 

Relato da Aula dia 15 de agosto de 2013

Relato da Aula dia 15 de agosto de 2013

por Denise Oliveira de Souza.

No inicio da aula o professor pediu para os alunos formarem um círculo, todos de pé, onde não poderia haver espaços entre cada um dos alunos. O professor então explicou este princípio da roda de capoeira. Na roda, o significado primordial se da em relação ao posicionamento dos integrantes em forma de circulo fechado sem espaços por onde pode escapar a sua energia ou o “axé” como é denominado pelos capoeiras. Também em círculo, toda a energia emanada do coro e dos participantes da roda são dirigidas para os dois jogadores que encontram-se ao centro, jogando. Acredita-se na capoeira, que todo espaço deixado na roda pelos capoeiras que por algum motivo se levantam, seja para jogar ou toca, ou ainda simplesmente ir embora, é um espaço por onde o axé ou a energia da roda pode se perder. Por isso, quando isso acontece, sempre os mais antigos corrigem a formação, solicitando que alguém feche a roda. Um simples sinal com os olhos podem indicar ou lembrar os participantes sobre o fundamento. Acredita-se ainda que a perda do axé prejudica o jogo ou a bateria, influenciando a atuação e o sentimento dos camaradas.


No segundo momento da aula, o professor introduziu o ensino da Ginga, um dos cinco fundamentos da capoeira que serão estudados e praticados no semestre: Ginga, Esquiva, Golpe, Acrobacia e Negaças. A atividade consistiu numa caminhada pela sala. Foram realizados deslocamentos de forma natural de tal maneira que condicionava o corpo a realização  de movimentos de membros inferiores e superiores de forma mais relaxada porém naturalmente causando desequilíbrio e equilíbrio corporal, onde gerou uma pré-disposição para a ginga, que vem a ser a base da capoeira. Foi enfatizado a movimentação das pernas e dos braços, em sincronia, gerando estabilidade e equilíbrio. Caminhas para frente e para trás demonstraram a semelhança entre o andar e o gingar. Foi enfatizado a simplicidade do movimento que é a base de toda a movimentação no jogo de capoeira.  
O primeiro movimento ensinado foi a meia lua simples, ou meia lua de frente onde o capoeirista passa a perna sobre o outro capoeirista lembrando de controlar a intensidade do golpe de acordo com o ritmo da musica que determina o ritmo do jogo.

Posteriormente foi passada uma movimentação de defesa, ou esquivas, que também tem a sua importância na capoeira pois, segundo o professor Fábio, trata-se de uma luta defensiva, onde o instinto de preservação da vida dá lugar, num primeiro momento, a uma movimentação de defesa e preservação do corpo. Com base em Rego (1968), o professor explicou a origem do nome cãa-puera: "mato baixo, que foi cortado e nasceu no lugar que antes era uma floresta". Era, segundo Rego (1968) e Areias (1983, p. 17) o local onde os negros fugidos se escondiam e armavam emboscadas. O que levava os capitães do mato a recomendarem "todo cuidado com os negros que com um estranho jogo de corpo surpreendem vindo do interior das capoeiras"

O aprendizado da defesa, segundo a aluna Denise, pode ajudar o jogador que gosta mais de brincar na roda do que de atacar, pois a defesa é bem importante quem está num nível inicial do seu treinamento, pois ainda não tem muita intimidade com os golpes. Essa movimentação,a esquiva, foi apresentada de três maneiras, esquiva alta, média e baixa, todas laterais. Na primeira, o corpo fica mais ereto, porém com os membros inferiores flexionados e o tronco girando lateralmente. A esquiva mais baixa, chama-se também de esquiva de angola onde a posição do corpo é rente ao chão, para uma defesa de golpe mais baixo.

A aula terminou em círculo com avaliações sobre a andar e a ginga, em que o Augusto falou sobre a relação da caminhada com a ginga, e a Sarah, colega intercambista espanhola relatou sua dificuldade em acompanhar o ritmo da musica com a ginga.