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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Relato da Aula dia 15 de agosto de 2013

Relato da Aula dia 15 de agosto de 2013

por Denise Oliveira de Souza.

No inicio da aula o professor pediu para os alunos formarem um círculo, todos de pé, onde não poderia haver espaços entre cada um dos alunos. O professor então explicou este princípio da roda de capoeira. Na roda, o significado primordial se da em relação ao posicionamento dos integrantes em forma de circulo fechado sem espaços por onde pode escapar a sua energia ou o “axé” como é denominado pelos capoeiras. Também em círculo, toda a energia emanada do coro e dos participantes da roda são dirigidas para os dois jogadores que encontram-se ao centro, jogando. Acredita-se na capoeira, que todo espaço deixado na roda pelos capoeiras que por algum motivo se levantam, seja para jogar ou toca, ou ainda simplesmente ir embora, é um espaço por onde o axé ou a energia da roda pode se perder. Por isso, quando isso acontece, sempre os mais antigos corrigem a formação, solicitando que alguém feche a roda. Um simples sinal com os olhos podem indicar ou lembrar os participantes sobre o fundamento. Acredita-se ainda que a perda do axé prejudica o jogo ou a bateria, influenciando a atuação e o sentimento dos camaradas.


No segundo momento da aula, o professor introduziu o ensino da Ginga, um dos cinco fundamentos da capoeira que serão estudados e praticados no semestre: Ginga, Esquiva, Golpe, Acrobacia e Negaças. A atividade consistiu numa caminhada pela sala. Foram realizados deslocamentos de forma natural de tal maneira que condicionava o corpo a realização  de movimentos de membros inferiores e superiores de forma mais relaxada porém naturalmente causando desequilíbrio e equilíbrio corporal, onde gerou uma pré-disposição para a ginga, que vem a ser a base da capoeira. Foi enfatizado a movimentação das pernas e dos braços, em sincronia, gerando estabilidade e equilíbrio. Caminhas para frente e para trás demonstraram a semelhança entre o andar e o gingar. Foi enfatizado a simplicidade do movimento que é a base de toda a movimentação no jogo de capoeira.  
O primeiro movimento ensinado foi a meia lua simples, ou meia lua de frente onde o capoeirista passa a perna sobre o outro capoeirista lembrando de controlar a intensidade do golpe de acordo com o ritmo da musica que determina o ritmo do jogo.

Posteriormente foi passada uma movimentação de defesa, ou esquivas, que também tem a sua importância na capoeira pois, segundo o professor Fábio, trata-se de uma luta defensiva, onde o instinto de preservação da vida dá lugar, num primeiro momento, a uma movimentação de defesa e preservação do corpo. Com base em Rego (1968), o professor explicou a origem do nome cãa-puera: "mato baixo, que foi cortado e nasceu no lugar que antes era uma floresta". Era, segundo Rego (1968) e Areias (1983, p. 17) o local onde os negros fugidos se escondiam e armavam emboscadas. O que levava os capitães do mato a recomendarem "todo cuidado com os negros que com um estranho jogo de corpo surpreendem vindo do interior das capoeiras"

O aprendizado da defesa, segundo a aluna Denise, pode ajudar o jogador que gosta mais de brincar na roda do que de atacar, pois a defesa é bem importante quem está num nível inicial do seu treinamento, pois ainda não tem muita intimidade com os golpes. Essa movimentação,a esquiva, foi apresentada de três maneiras, esquiva alta, média e baixa, todas laterais. Na primeira, o corpo fica mais ereto, porém com os membros inferiores flexionados e o tronco girando lateralmente. A esquiva mais baixa, chama-se também de esquiva de angola onde a posição do corpo é rente ao chão, para uma defesa de golpe mais baixo.

A aula terminou em círculo com avaliações sobre a andar e a ginga, em que o Augusto falou sobre a relação da caminhada com a ginga, e a Sarah, colega intercambista espanhola relatou sua dificuldade em acompanhar o ritmo da musica com a ginga. 

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