Relato da OFICINA
CAPOEIRA - dia 31 de maio.
Ministrada por MESTRE
POLEGAR. (Grupo Palmares)
Auxiliar:
professora Danuza. (Grupo Palmares)
por Thiago Pacheco
Histórico resumido do mestre Polegar
Edson Sioff ou Mestre Polegar iniciou
na Capoeira em setembro de 1987, no Grupo Ajagunã de Palmares criado por
Alemão, vinculado ao Grupo Palmares da Bahia liderado por Mestre Nô. Foi batizado
na Capoeira pelo Mestre Ferreirinha, no 1o BATISMO DE CAPOEIRA AJAGUNÃ DE PALMARES,
realizado em 06/12/87, com a presença de vários Mestres de Capoeira da Bahia. Promoveu
e participou de inúmeras apresentações de Capoeira, Maculelê, Puxada de Rede,
Batismos, Rodas e outras atividades culturais, representando a Capoeira Angola
Palmares em Florianópolis, como também em outras cidades de Santa Catarina e
outros Estados do Brasil (RS, SP, RJ e BA) e na África (Moçambique, África do
Sul e Zimbábue). Ao longo desses mais de 20 anos de vivência, ministrou aulas
de capoeira em diversos clubes, escolas, núcleos e projetos da comunidade além
de oficinas e workshops em outras cidades brasileiras e sul-africanas.
Inaugurou sua própria Academia de Capoeira no ano de 2002, situada no bairro do
Pantanal. Em 2004 fundou o grupo de capoeira Angola Palmares em Maputo –
Moçambique (África). Foi integrante da Diretoria da Central Catarinense de
Capoeira Angola de 2005 a 2007. Em 2008, fundou o Grupo de Capoeira Angola
Palmares em Cape Town – África do Sul. Realizou também o primeiro batizado de
Capoeira Angola Palmares no continente africano, em Maputo – Moçambique. Em
Agosto de 2009, participou do Fórum Internacional de Capoeira Angola Palmares
Salvador/ Bahia, evento de inauguração do Centro Acadêmico de Capoeira Angola
Palmares. O evento contou com a presença de diversos capoeiristas do mundo
todo. Em Setembro de 2010, no Encontro Nacional do Grupo Palmares, em
Florianópolis foi graduado MESTRE pelo Coordenador Geral do Grupo Palmares: Mestre
Nô,. Ainda em 2010 voltou para Maputo/ Moçambique onde coordenou o Encontro Internacional
do Grupo Palmares e realizou diversas oficinas. Atualmente ministra aulas no
Centro Comunitário do Pantanal, no Centro Comunitário do Morro da Queimada
(núcleo vinculado ao Ponto de Cultura do Grupo Quilombola) e no Projeto de
Extensão Capoeira da Ilha, vinculado ao CDS e CED/ Universidade Federal de
Santa Catarina.
Ele se apresentou como discípulo do mestre Alemão, tendo iniciado
os seus primeiros passos com 9 anos de idade, na UFSC. Foi o segundo aluno de
Alemão, começando na capoeira logo após o mestre Korvão. Por muito tempo sua mãe
o proibiu de treinar capoeira, mas isso nunca o impediu de continuar. A
oficina iniciou com 9 alunos e 3 crianças. A primeira atividade foi uma sessão
de alongamentos e depois 7 minutos de
parada de mãos. Então é iniciado o treino com o mestre na frente e os alunos e
as crianças espalhadas pela sala repetindo os movimentos, modelo aula-espelho:
1. Gingando, realizamos giro com as mãos na altura dos ombros e estrela olhando
pra frente. Comentário de Mestre Polegar: “Na
capoeira, 50% é da cintura pra baixo e 50% é da cintura pra cima. Os braços são
tão importantes quanto as pernas. Ë muito importante trabalhar o quadril nos
movimentos. A base em qualquer arte marcial ou dança é essencial.” 2. Gingando,
giro e armada. Quadril à frente na armada. 3. Realizando a negativa: se abaixa
flexionando os joelhos, faz um “x” com os braços na frente do rosto, gira os
pés para um lado, apóia uma mão no solo atrás do corpo e enquanto gira apóia a
outra mão. 4. Gingando, gira o pé da frente (apenas calcanhar no solo)
esquivando um pouco. 5. mesmo movimento anterior, mas após a esquiva, na mesma
direção continua o giro e chuta com o pé contrário. 6. Realiza resistência (se
abaixa pra um lado com uma mão no solo e a outra protegendo o rosto), negativa
(igual a resistência mas para o outro lado), rasteira girando e meia lua. 7. Gingando,
pequeno salto diagonal à frente com um pé, o outro arrastando executa rasteira
quase de pé. “A idéia é fugir do golpe no primeiro movimento e aplicar a
rasteira de uma posição mais segura.” 8. igual o movimento anterior, mas
acrescentando martelo com perna contrária da rasteira. Comentário do Mestre: “Quando
o pessoal está começando não dá pra passar muita técnica, podem acabar se
machucando. Depois de uns 2, 3 meses, aí sim é possível.” 9. Outro exercício: Aú
e reversão: faz a estrela e termina de frente para o lado da sala. 10. ginga,
flexiona pra trás, rasteira 360 graus (uma ou mais vezes), meia lua com a outra
perna. 11. Exercícios de fixação: Todos indo de uma ponta a outra da sala:
começa de lado, ginga, estrela, termina abaixado, junta os pés e estrela
“baixa”. Martelo com um pé, depois com o outro sucessivamente até o outro lado
da sala (quadril voltado a frente no movimento). Entrada de queda: avança
deslizando o pé com braços elevados. Andando com as mãos. 12. Por fim, jogando
em duplas livremente. Troamos as duplas 4 vezes, caminhando 30 segundos entre
as trocas para descansar. Mestre Polegar apresentou algumas ideias sobre a
capoeira e seu ensino: “A aula é a mesma
tenha 30 alunos ou 5 alunos, o importante é a vontade para treinar. O cordel é
simbólico. O batizado é algo bem legal para os alunos e pode ser feito com 6, 3
ou mesmo 1 mês de capoeira. No final da oficina, tivemos uma roda e jogo.
Mestre Polegar tocando berimbau e cantando e um aluno tocando pandeiro.