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segunda-feira, 4 de junho de 2012

RELATO DA NONA SEMANA DE AULA - PROFESSORA JÔ


Relato da OFICINA CAPOEIRA INFANTIL - dia 08 de maio - Terça-feira
MINISTRADA POR: PROFESSORA JÔ CAPOEIRA. (Grupo Palmares)
Por: Nathalya Corrêa Stoianov
            Na primeira parte da aula foi realizado um circuito visando um aquecimento para as crianças, sendo este, dividido em 3 setores: Setor 1 – com materiais: - 6 “caminhas elásticas” dispostas em “zig-zag” com um colchão no final.  Atividade consistia em pular com os dois pés juntos, passar por todas as “caminhas elásticas”, saltar e cair - de costas no colchão; virando cambalhota; de barriga; virando cambalhota no ar; Alternando os pés (um em cada “caminha”), na mesma sequência de saltos no final; “caminhas” dispostas em linha reta, também na mesma sequência que a anterior. Setor 2 – Atividade: Espaço livre para virar 3 estrelinhas seguidas. 3 estrelinhas para um lado, na próxima vez, 3 estrelinhas para o outro lado; Setor 3 – Material: Trave (da ginástica artística) posicionada na horizontal e encostada no chão; Atividade consistia em atravessar “caminhando” na trave, alternando os pés; atravessar “caminhando” de costas na trave, alternando os pés.
            Depois deste aquecimento tivemos a primeira brincadeira: A “gato e rato” adaptado para a capoeira, ou seja, “escravo e capitão do mato”. Começou, formando uma grande roda e escolhendo quem será o capitão do mato e quem será o escravo. O capitão do mato sai da sala para que os outros participantes combinem a “hora” em que o escravo “saiu de casa”. O Capitão do Mato entra na sala, enquanto a grande roda esta se movimentando. Capitão do Mato:  - “ESCRAVO ESTÁ NA CENZALA?” Todos:  - “NÃO” Capitão do Mato: “QUE HORAS ELE CHEGA?” Todos: “NÃO SEI”. Capitão do Mato: (começa a falar as horas, até acertar) Quando o Capitão do Mato acerta a hora, o escravo tem que sair do meio da roda e o Capitão do Mato corre atrás dele até pegá-lo. Quando o escravo é pego, outras crianças passam a ser os personagens da brincadeira.
            Na segunda brincadeira, todos os alunos deveriam formar uma fila segurando com a mão na cintura do colega da frente. Quando formada, saíram andando pela sala cantando:  “EU SOU, EU SOU. EU SOU JACARÉ BOIÔ. (2X) SACODE O RABO JACARÉ (2X) EU SOU JACARÉ BOIÔ” Na primeira parte da música, todos andavam como se estivessem com calo no pé; Na segunda parte, andavam com o “bum-bum” sacudindo.
            Esta movimentação permitia treinar os movimentos de Ginga; Esquiva (para ambos os lados); Meia lua (para ambos os lados); Negativa e floreio; Resistência; e Tesoura no chão; Depois foram realizados 2 a 2:  Começando na ginga, um aluno fazia a “tesoura” e o outro saia pelas costas do colega e fazia a “meia lua”. (intercalar os movimentos e os lados) A Professora Jô com tambor na mão, ensina a canção do “Caranguejo da Armação”, uma dança de origem açoriana da Ilha de Santa Catarina. Consiste em abrir e fechar a o círculo ao som de uma cantiga puxada por um dos componentes da roda: “Ai, ai, ai galho de manjericão (bis). Deixa-me agora cantar. O caranguejo da Armação (bis).    Caranguejo não é peixe,  Caranguejo peixe é (bis) Caranguejo só é peixe, Na enchente da maré (bis) A mulher do Caranguejo, É uma bela senhora (bis) Ela não mora aqui, Mora na praia de fora (bis) Em cima daquele morro, Vai um tucano avuando (bis) Com o bico vai escrevendo, Com a asa vai apagando (bis)” -
            Em uma grande roda, houve a discussão sobre “capoeira para crianças”: - pode-se passar em brincadeiras/letras de músicas adaptadas; - conta histórias nas músicas, e de uma forma “infantil”; - ter diferentes “tipos de aula” – atividade/brincadeiras – para as diferentes idades;         - de 1 a 3 anos, aula com mais emoção, afetiva, falar sempre na altura das crianças (se abaixar), etc. - com 4 anos as crianças já tem um melhor entendimento, podendo passar um pouco mais da “técnica” da capoeira, professor pode “cobrar” mais a perfeição dos alunos;
            Para encerrar a aula, a professora Jô ensina outra música/dança em forma de roda, a “CIRANDA” – Criada em Recife, passos ritmados pelos tambores que ficam com os tocadores no meio da roda, estes, cantam as estrofes e as pessoas entoam o refrão. - “Achei bom bonito, meu amor brincar... Ciranda faceira vem cá cirandeira...  Vem me namorar (bis) Mandei fazer uma casa de farinha... Tão maneirinha que o vento possa levar... Oi passa sol, passa chuva oi passa vento... Só não passa o movimento pro cirandeiro a rodar (bis) Oi cirandeiro, oi cirandeiro ó... A pedra do seu anel, brilha mais que o sol (bis) Sábado à noite fui fazer uma novena... A maria Helena me deu uma lanterna... Eu disse a ela meu coração palpitou... Se não fosse o meu amor, te dava véu e capela (bis) Disse o careca passando a mão na cabeça... Se meus cabelos crescessem não mandava corta não... Os cabeludos estão aí mandando brasa... Dizendo a Luiz Gonzaga deixe meu nome de mão (bis) Oi cirandeiro, oi cirandeiro ó... Lá no Recife um rapaz me perguntou... Se na ciranda que eu vou... Também vão lindas morenas... Eu disse vão lindas morenas mulatas... Dessas que a morte mata, e depois chora com pena... Eu tava na praia do Janga, dançando ciranda... Do meu cirandar (ciranda) O mar estava tão belo, que um peixe amarelo... Me fez navegar (bis) Não era peixe, não era, era Yemanjá, Rainha... Oi na ciranda no meio do mar (bis)...  

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