PRIMEIRA SEMANA DE AULA
Por:
Luís Gustavo Neves Carvalho
A primeira aula foi em sala. Estavam
presentes apenas cinco alunos. O professor se apresentou e informou que aprendeu
capoeira em 1992, com o capoeira Alemão, ali mesmo no CDS. Ele comentou que atualmente estava praticando menos, principalmente depois
de ir estudar na França, onde o acesso a capoeira era mais difícil. Durante o
período que esteve em Paris, treinou com Lucia Palmares e Pol, em Pigale. Foi
muito bem recebido e os treinos eram duas vezes por semana. O professor comentou
que encontra-se na terceira graduação, instrutor (Amarelo e azul) do grupo de
capoeira angola Palmares. Porém, não são todos os grupos que adotam graduação.
Existem outros grupos com graduação e que utilizam cores diferentes. Depois de
se apresentar, ele pediu que a turma se apresenta-se: nome, experiência na
capoeira e o que se espera da disciplina. Descobrimos que um dos nossos colegas
já faz capoeira tem 2 anos e possui o segundo cordão. Eduardo tem interesse na
história e na parte teórica da capoeira. Eu não tenho experiência com essa
modalidade e minha expectativa é a realização de muitas aulas práticas. A Fernanda
disse que já fez balé, mas capoeira ainda não. Os acadêmicos Bruno e Cleber
nunca praticaram esta atividade. O Douglas Xavier pratica Jiu-jitsu e boxe, mas
tem muitos contatos de capoeiristas em comum com o professor Fábio. O professor
comentou o significado etimológico da palavra Capoeira, Caã-puera, que é "floresta que foi cortada e no seu
lugar nasceu um mato baixo". Uma das histórias que se conta da
capoeira diz que o escravo fugia para o campo e ia se esconder do capitão do mato neste mato baixo e
quando este passava perto do escravo, ele o atacava para conseguir sua
liberdade. Segundo Rego (1968), a palavra capoeira seria de origem tupi
guarani. Na segunda aula, vieram mais alunos, incluindo dois de origem alemã. Uma
aula prática foi realizada no ginásio de alumínio ao som do berimbau e o ritmo
da capoeira que saiam da caixa de som. Aprendemos três dos cinco fundamentos
desta prática: gingar, esquivar e golpear. O professor nos ensinou três golpes:
a Armada (é o chute com o lado externo do pé, em que o corpo dá um giro de 360
graus por trás), a Meia-lua de compasso (é um movimento de capoeira no qual é
usado o calcanhar para acertar o adversário, girando-se com as duas mãos no
chão) e a Meia-lua de frente (golpe circular com a parte interna do pé). Ao fim
do treino foi realizado uma roda, na qual fizemos a conclusão da aula. Por
e-mail foi enviado o convite para o seminário que será realizado pelo Núcleo de estudos e pesquisa educação e
sociedade contemporânea. O professor ainda nos enviou o plano de ensino via
internet.
Complementando e contextualizando com a aula de forma breve o fala do nosso colega L. Gustavo, sobre o mato baixo para onde os escravos corriam quando fugiam da senzalas, os senhores passavam correndo a cavalo nestes campos e o negro usava sua capoeira para como defesa para sua fuga. O escravo ficava agachado no mato escondido a espera do senhor, quando ele passava próximo o escravo o golpeava sempre de baixo para cima surpreendendo seu adversário.
ResponderExcluirContextualizando com a aula aprendemos a esquiva de angola, de uma forma que preservava o princípio dos escravos escondidos, usando somente o apoio as mãos e dos pés fizemos uma esquiva em que o rosto ficava próximo ao chão e o joelho também rente ao solo como fossemos escravos fugindo, nesta posição percebe-se que é muito desconfortável porém muito favorável para surpreender e aplicar um golpe inesperado e efetivo.
Douglas Nunes
Muito interessante essa maneira de expor o que foi dado nas aulas, pois assim todos os alunos podem ficar ainda mais por dentro do que acontece nas aulas, mesmo quando por algum motivo precisaram faltar.
ResponderExcluirEu por exemplo, não participei das 2 primeiras semanas de aula pois me matriculei na Capoeira somente no período de reajuste, com a postagem dos alunos consegui buscar o que foi trabalhado no início do semestre.
Então já que eu não participei da apresentação, deixo aqui algumas informações sobre mim:
Meu nome é Mayara Silva de Lacerda, tenho 21 anos e nunca pratiquei capoeira, mas já presenciei algumas rodas de capoeira no colégio, nos bairros, somente assistindo. Pretendo com a disciplina, conhecer o máximo sobre a capoeira e poder ter vivência com a prática pois acho muito bonito e pouco sei sobre ela.