Relatório da aula de
Capoeira 02 DE MAIO DE 2013
RAFAEL TRENTIN
No dia 02 de maio de 2013, nos reunimos no ginásio de
alumínio para continuarmos o processo de aprendizagem na capoeira, a aula foi
ministrada pela professora Joseane (Jô) com o apoio da professora Danuza.
A aula foi basicamente dividida em três etapas, iniciamos
fazendo uma formação em roda para que a professora nos passasse o que ocorreria
na mesma, e realizássemos uma cantoria. Também assistimos a um vídeo que era
uma homenagem ao mestre Bigodinho, que foi uma pessoa de grande respeito dentro
da capoeira e em todo seu entorno, debatemos o mesmo e falamos sobre os mestres
de capoeira, e dançamos ao som de uma música cantada na formação de roda.
“Homenagem ao mestre Bigodinho”,
assistimos ao vídeo do mestre bigodinho que tratava de toda sua importância na
capoeira, Reinaldo Santana, mas conhecido como Bigodinho, nasceu na comunidade
quilombola do Acupe, Santo Amaro da Purificação-BA em 13 de setembro de 1933.
Morava no bairro do Cabula, em Salvador e começou na capoeira em 1950. Em 1960
passa a professor e é reconhecido mestre em 1968. Discípulo de Waldemar da
Paixão, jogava na rua Pero Vaz, Liberdade, onde herdou e manteve a linhagem de
capoeira Angola da Bahia. Também aprendeu com os mestres Traíra e Zacarias.
Coordenou o grupo resistência na década de 60, na Lapinha-BA. Dizia “ser do
tempo” em que a polícia reprimia as rodas e ameaçavam: “pare senão furo o
pandeiro e quebro o berimbau”. “Mas graças a Deus hoje tá diferente”, concluía.
Integrou o grupo folclórico Viva Bahia de Emília Biancardi. Compositor,
participou de inúmeras gravações em especial de um CD com Mestre Boca Rica.
Fala da sua vida no Brasil e no mundo no DVD Tributo a Mestre Bigodinho.
Afirmava que preferia “fazer pouco bem feito que o muito mal feito”; “Capoeira
não é valentia. É defesa pessoal e cada qual se defende como pode na hora da
necessidade”.
Além do vídeo, fizemos uma
cantoria em roda, que a professora nos ensinou a dançar e cantar, a roda girava
no sentido anti-horário e ao ritmo do som, colocávamos nossa perna direita ao
meio da roda, depois ela passou algumas derivações quanto na dança e na sua
formação.
O grande marco da aula foi o
debate sobre o tema “MESTRES DE CAPOEIRA” onde tiramos dúvidas e aprendemos
quem seriam essas pessoas e de que maneira elas viviam na sociedade, chegamos a
um ponto que seria o “Oficio dos mestres de Capoeira”, a professora nos mostrou
contou um pouco sobre o mesmo.
O ofício de mestre de capoeira foi registrado como
patrimônio cultural do Brasil, no entendimento de que o mestre é o detentor de
um saber popular transmitido oralmente que deve ser preservado, porém até o
momento nenhuma ação efetiva foi realizada para reverter a situação dos mestres
e valorizar estas pessoas que são tão importantes para todos nós capoeiristas.
Enquanto o governo não atua de forma eficaz e
eficiente, nossos mestres vão partindo dessa vida à mingua, muitas vezes em uma
precária situação financeira e de saúde.
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