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sábado, 8 de junho de 2013

Relatório de aula – Dia 30 de abril de 2013.


Relatório de aula – Dia 30 de abril de 2013.

José Manoel de Souza Junior.

A aula que ocorreu neste dia foi realizada em duas partes, sendo a primeira um vídeo sobre a origem brasileira, “O povo brasileiro” de Darci Ribeiro, e a segunda uma discussão sobre o documentário, alguns pontos que chamaram atenção e foram lembrados por alguns alunos após a aula, sendo apresentados a seguir:
Jorge: “Além da miscigenação de genes, foi colocada a aquisição, criação de uma nova cultura, com características e aspectos de diferentes raízes”.
Rafael Trentin: “Diferentes maneiras de trabalho com imagens, neste buscando os “porquês” da colonização, escravização, origem da capoeira, entre outros, saber buscar a história e mostrar através deste a contextualização do mesmo”.
Kauê; “Realidade da história do Brasil que não é contada nas escolas, não detalhadamente como nos mostra o documentário”.
Alyne; “Darci Ribeiro fugiu do hospital para concluir sua obra, mistura do português com algumas raças, era considerado um “Zé ninguém””.
Luan; “Ver em outra perspectiva a formação da cultura brasileira, levando mais em consideração a origem indígena”.
Alexandre: “Talvez seja uma verdadeira história de como foi à colonização do Brasil, “um dos relatos mais fundamentados que já vi””.
Tiago Alves: “Achei muito interessante a vivência coletiva e pacífica dos índios”.
Stephane (Francês): “Aprender o “inicio” do Brasil, as diferentes miscigenação, ver como os povos influenciaram as capoeiras, bem como os estrangeiros influenciaram o Brasil hoje”.
Nicolás (Português): “Acho legal que o Darci Ribeiro tenta contar a história de diversos pontos de vista incluindo o ponto de vista do oprimido”.
O documentário produzido por Darci Ribeiro é baseado em seu livro, com o título de “O povo brasileiro”, que está dividido em 07 capítulos, nas quais ele apresenta as matrizes da cultura brasileira. O primeiro capítulo fala da “Matriz Tupi”, uma perspectiva que apresenta o índio como uma matriz para a origem do povo brasileiro (como comenta o Luan). O segundo e o terceiro capítulos são as matrizes Luza e Africana que tentam contar a história sob outros pontos de vista, (como lembra Nicolás e Rafael Trentin) ou outros pilares da formação do povo brasileiro. No quarto capítulo, denominado “encontros e desencontros”, o fato mais latente era a situação de dominação da raça “inferior” (não brancos), obrigando-os a realização de trabalhos pesado e trancafiados como animais após o exercício da função. Isso aconteceu em virtude das diversas miscigenações étnicas, que deram origem ao povo conhecido como “brasileiro”. Este não possui origens bem definidas ou únicas, dadas as diferentes raças que aqui estiveram.
Outro ponto abordado foi como relacionar esses fatos (descobrimento, colonização, escravização e miscigenação) com o foco da disciplina capoeira, sua origem, seus ensinamentos e diversidade cultural. Assim, foram levantados alguns tópicos a serem discutidos, entre eles o denominado pelo documentário de “primeiro ato”, onde os personagens são os portugueses e os índios. Nele os índios homens foram “condenados” ao trabalho de desmatamento do Pau Brasil que era simbolicamente trocado por objetos (espelhos e miçangas), e as mulheres fadadas a realizarem os desejos sexuais dos senhores dando origem a filhos “de ninguém”, considerados os “Zés ninguém” (colocado pela Alyne). Sem raças determinadas eram levados a catequese, esta reunia crianças com diferentes origens e línguas, forçando-as a se comunicarem, fragilizando sua cultura, mas também dando origem a outras culturas com características e aspectos diferentes (como colocado pelo Jorge).
No “segundo ato”, a troca do Pau Brasil já não existe e sim o escravismo, a escravização de um povo que outrora vivia em uma situação pacífica (como coloca o Tiago), os homens escravizados, realizando trabalhos braçais e sem liberdade, as mulheres agora eram apenas objetos para consumo, estupro, violentadas sexualmente, serviçais para a produção de mão de obra e outras reprodutoras.

Assim começa a opressão totalmente explícita, origina-se o desejo de liberdade de expressão, do corpo e da alma. Talvez a partir deste ponto, com as fugas e a necessidade de defender-se os, agora escravos, dão origens a uma luta, uma defesa corporal, que possivelmente mais tarde veio a ser denominada de CAPOEIRA.

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