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terça-feira, 25 de junho de 2013


RELATÓRIO DE AULA 06/06/2013

Por ANDRÉ LUIZ BALDOINO


No dia 06 de junho de 2013 (quinta-feira), por volta de 18h30min começava nossa aula de capoeira, os alunos foram reunidos pelo profº Fabio que então informou que nosso encontro educacional seria ministrado no Centro Comunitário do Pantanal (CCPAN), localizado na Rua Deputado Antonio Edu Vieira, próximo a UFSC. Neste momento informou que participaríamos da aula do mestre Khorvão, nos juntando a seus alunos, que este encontro teria em sua essência interação entre os alunos do Curso de Educação Física da UFSC juntamente com o projeto realizado nesta comunidade, dando ênfase aos conhecimentos da capoeira e a forma que estes são transmitidos nos locais fora do contexto do CDS.
No CCPAN interagimos com as crianças que chegavam, até o momento que a sala foi liberada e o mestre foi logo organizando a roda juntamente com o profº Fabio. O mestre montou a orquestra com os instrumentos já familiarizados em nossas aulas como o Berimbau, Pandeiro, Agogô, Reco-Reco e Atabaque. Alguns alunos do curso com mais afinidades com os instrumentos ajudaram a compor a orquestra enquanto os demais batiam palmas e cantavam na roda canalizando as energias para a roda fomentando um bom jogo. Mestre Khorvão fez questão de frisar a importância de “entrar na sintonia da roda, cantar, bater palmas, e canalizar a energia da roda para o prosseguimento e bom andamento do jogo”.
Ocorreu uma interação muito rica durante a roda, as crianças jogavam com os alunos da Ed. Física promovendo uma troca de experiências muito importante para nossa formação. O próprio Mestre jogou com os alunos mostrando toda sua capacidade técnica bem como malandragem e ginga. O Mestre relatou que começou a praticar Capoeira com 11 anos e já viajou para alguns lugares do Brasil divulgando esta pratica.
Fomos interrompidos por membros da direção que iriam utilizar o espaço para uma reunião com a comunidade fato este que forçou o encerramento da aula.

Relato dos Pequenos
Conversei com Aluno Isac, tem oito anos, mora na Rua do Fogo no alto do morro do bairro Pantanal, esta há dois meses na capoeira. Perguntei por que estava praticando capoeira? Respondeu “porque é bom e ajuda a se defender”. Quis saber o que mais gostava no jogo, ele respondeu “Armada e Au”. Roger 12 anos mora na Rua do Campo (Corinthians), disse que "gosta e acha legal a capoeira porque pratica uma atividade diferente", o que mais gosta no jogo é a Ginga e o Au.

Foi muito bom participar deste momento fora do ambiente “sala de aula”, a troca de experiências com mestres e alunos enriquece nossa formação bem como nos conscientiza da importância de conhecer nossas raízes.


 

sábado, 8 de junho de 2013

Relato da aula do dia 04/06
Gabriel Nicolodelli da Silva
            A aula deu início com uma conversa inicial, junto com o alongamento; foi dado informe do estágio de vivência do MST, espaço de formação muito importante.
            Após, realizou-se um aquecimento 1 a 1, em ritmo leve apenas para aquecer o corpo, sentir as articulações. Os alunos trocaram 3 vezes de parceiros, importante para a interação entre os alunos e também uma vivencia maior na capoeira.
            Na atividade seguinte, novamente 1 a 1, um deveria apenas atacar e o outro só esquivar, invertendo após certo tempo. Em seguida o professor pediu para que os alunos fizessem um jogo mais agachado, mais próximo do chão.

            Então, o professor reuniu todos em uma roda, onde todos puderam ter a oportunidade de jogar e tocar os instrumentos presentes na capoeira como berimbau, reco-reco, pandeiro, agogo, atabaque. Os alunos revezavam os instrumentos para que todos pudessem ter a vivência, mas na roda poucos alunos jogaram.
GOSTEI E COMPARTILHO COM MUS ALUNOS...

RELATÓRIO DA AULA DO DIA 07 DE MAIO

WILLYAN FILLIPY PACHECO LAURINDO
A aula iniciou com um circulo com todos os participantes da aula abraçados e com uma breve conversa sobre o projeto em que o professor participou no Rio Grande do Sul, falando sobre a importância de ajudar ao próximo e sobre os princípios da capoeira de incentivam esta pratica. Após esta conversa, devido ao frio, fizemos um aquecimento diferente, através do jogo dos dez passes.
Depois do aquecimento formou-se um circulo onde se conversou sobre o aprendizado da capoeira, e a importância de não desistir de ensinar o novo, pois a maior dificuldade é o desconhecido, temos que insistir até que conheçam as regras e as maneiras de se praticar.
Posteriormente a esta conversa, o professor pediu para os alunos formarem duplas e jogaram capoeira enquanto ele passava contando e tocando pandeiro, a cada troca de música, trocavam-se as duplas.
Na parte principal da aula, o professor Fabio formou uma roda novamente e explicou como fugir, “se livrar”, do golpe “armada”, explicado em aulas anteriores, através de cinco movimentos. Colocou um CD com músicas da capoeira para tocar e ficou passando e ajudando os alunos a aperfeiçoarem seus movimentos.
Iniciou com uma esquiva simples, onde o indivíduo abaixava-se para o lado em que a armada estava sendo aplicada. Em seguida, foi ensinada uma esquiva com contra-ataque de queda, dividido em duas etapas de aprendizagem, primeiro apenas rodando no sentido da armada e indo em direção as costas do adversário, posteriormente, se fez o mesmo movimento, porém, segurando a perna que o adversário aplicou a armada.
Com as duas etapas realizadas, foi ensinado outro contra-ataque, agora o indivíduo fazia a cocorinha e em seguida, após o adversário passar a perna da armada, aplicava uma cabeçada levantando de costas. Por último foi ensinado o contra-ataque aplicando a tesoura, golpe onde o indivíduo entra com uma perna atrás dos joelhos do adversário, enquanto ele aplica a armada, e após o adversário colocar o pé no chão o indivíduo coloca a outra perna no quadril do adversário, levando-o em direção ao solo. Durante todos os processos o professor ficou observando os alunos e interferindo quando necessário.
Após toda essa pratica, foi pedido aos alunos para realizarem apenas o golpe armada, passando mais tarde a acrescentar uma das cinco movimentações aprendidas anteriormente.
Com o término da parte prática da aula, o professor pediu aos alunos para formarem um círculo e ouvirem uma música (a capoeira não é luta do patrão), enquanto realizavam alongamentos individualmente. O professor ainda ofereceu meio ponto na média de quem levasse a letra da música para próxima aula, e um ponto para quem cantasse a música. Ao término da música foi conversado sobre sua letra e seu significado.
“A Capoeira que nasceu pra dizer não
A todo tipo de opressão
Injustiça ou escravidão
A Capoeira não é luta de patrão
Herança nobre
Legado da escravidão
Era luta de oprimidos
E excluídos da nação
Hojé é desporto, de regra e competição
Eu não concordo com toda essa inversão
A Capoeira tá do lado do patrão
A escravidão hoje é feita sem grilhão
Não temos escola,
Nem dentista ou educação
Nos dão a margem e muita televisão
Se liga moço
Presta atenção
A Capoeira não é luta de patrão
Ginga marcada, soco e mata-leão
Eu não concordo com tanta deturpação
Pois Mestre Bimba não dava mata-leão
Eu não concordo com tanta deturpação
Nem dava murro
Em roda de vadiação
Nas emboscadas ensinava a jogar facão
Mas ensinava o respeito e a tradição
Se liga moço
Dê sentido a esse refrão
A Capoeira não é luta de patrão
Se liga moço
Não entregue ao vilão
Nossa cultura forjada na escravidão”.
Mestre Pinóquio
Foi apresentado um banner sobre a história da capoeira na ilha, assim como relatos de alguns mestres que participaram e participam dessa história. A cada trecho o relato lido por um aluno era conversado sobre o momento da capoeira em questão.


A aula foi muito proveitosa e agradável, sendo divertida, interessante e educativa. A metodologia utilizada (focar em apenas um golpe e suas esquivas) foi muito bem apreciada pelos alunos, que se adaptaram bem a tal metodologia.

Relatório da aula de Capoeira 02 DE MAIO DE 2013


Relatório da aula de Capoeira 02 DE MAIO DE 2013
RAFAEL TRENTIN

No dia 02 de maio de 2013, nos reunimos no ginásio de alumínio para continuarmos o processo de aprendizagem na capoeira, a aula foi ministrada pela professora Joseane (Jô) com o apoio da professora Danuza.
A aula foi basicamente dividida em três etapas, iniciamos fazendo uma formação em roda para que a professora nos passasse o que ocorreria na mesma, e realizássemos uma cantoria. Também assistimos a um vídeo que era uma homenagem ao mestre Bigodinho, que foi uma pessoa de grande respeito dentro da capoeira e em todo seu entorno, debatemos o mesmo e falamos sobre os mestres de capoeira, e dançamos ao som de uma música cantada na formação de roda.
“Homenagem ao mestre Bigodinho”, assistimos ao vídeo do mestre bigodinho que tratava de toda sua importância na capoeira, Reinaldo Santana, mas conhecido como Bigodinho, nasceu na comunidade quilombola do Acupe, Santo Amaro da Purificação-BA em 13 de setembro de 1933. Morava no bairro do Cabula, em Salvador e começou na capoeira em 1950. Em 1960 passa a professor e é reconhecido mestre em 1968. Discípulo de Waldemar da Paixão, jogava na rua Pero Vaz, Liberdade, onde herdou e manteve a linhagem de capoeira Angola da Bahia. Também aprendeu com os mestres Traíra e Zacarias. Coordenou o grupo resistência na década de 60, na Lapinha-BA. Dizia “ser do tempo” em que a polícia reprimia as rodas e ameaçavam: “pare senão furo o pandeiro e quebro o berimbau”. “Mas graças a Deus hoje tá diferente”, concluía. Integrou o grupo folclórico Viva Bahia de Emília Biancardi. Compositor, participou de inúmeras gravações em especial de um CD com Mestre Boca Rica. Fala da sua vida no Brasil e no mundo no DVD Tributo a Mestre Bigodinho. Afirmava que preferia “fazer pouco bem feito que o muito mal feito”; “Capoeira não é valentia. É defesa pessoal e cada qual se defende como pode na hora da necessidade”.
Além do vídeo, fizemos uma cantoria em roda, que a professora nos ensinou a dançar e cantar, a roda girava no sentido anti-horário e ao ritmo do som, colocávamos nossa perna direita ao meio da roda, depois ela passou algumas derivações quanto na dança e na sua formação.
O grande marco da aula foi o debate sobre o tema “MESTRES DE CAPOEIRA” onde tiramos dúvidas e aprendemos quem seriam essas pessoas e de que maneira elas viviam na sociedade, chegamos a um ponto que seria o “Oficio dos mestres de Capoeira”, a professora nos mostrou contou um pouco sobre o mesmo.
O ofício de mestre de capoeira foi registrado como patrimônio cultural do Brasil, no entendimento de que o mestre é o detentor de um saber popular transmitido oralmente que deve ser preservado, porém até o momento nenhuma ação efetiva foi realizada para reverter a situação dos mestres e valorizar estas pessoas que são tão importantes para todos nós capoeiristas.
Enquanto o governo não atua de forma eficaz e eficiente, nossos mestres vão partindo dessa vida à mingua, muitas vezes em uma precária situação financeira e de saúde.

Finalizamos a aula com esse debate sobre mestres da capoeira e com as nossas dúvidas esclarecidas.

Relatório de aula de capoeira de 30 de maio de 2013

                        Relatório de aula de capoeira de 30 de maio de 2013

Kauê Hahn Turnes

Dia 30/05 tivemos aula pratica de Capoeira, a aula ministrada pelo bolsista PIBID Luiz Eduardo. (Instrutor do grupo Quilombola)
A aula iniciou com um aquecimento, alguns abdominais e apoios, logo após um alongamento foi aplicado, focando principalmente na flexibilidade.
Seguindo a aula iniciamos com os movimentos da capoeira, a ginga, aplicando a esquiva e junto o rolê, depois desses três movimentos foram formadas duplas onde cada dupla tinha que jogar capoeira aplicando esses movimentos no jogo.
Após essa atividade todos foram para o fundo da quadra. O professor explicou o modo de aplicar o macaquinho, após a explicação todos os alunos tentaram atravessar a quando realizando o movimento, a mesma metodologia foi aplicada na parada de cabeça, na queda de rim e na bananeira.
Finalizando as atividades foi formada uma roda, onde o professor explicou como se jogava o jogo de compra, a questão histórica, a compra no sentido anti-horário e quem desejasse entrava na roda e jogava, foi uma atividade bem interessante, pois todos aplicaram os movimentos ensinados na aula.

Minha avaliação da aula foi muito positiva, muitos movimentos novos foram ensinado e o próprio jogo de compra trouxe muito conhecimento para nós alunos.

Relatório de aula – Dia 30 de abril de 2013.


Relatório de aula – Dia 30 de abril de 2013.

José Manoel de Souza Junior.

A aula que ocorreu neste dia foi realizada em duas partes, sendo a primeira um vídeo sobre a origem brasileira, “O povo brasileiro” de Darci Ribeiro, e a segunda uma discussão sobre o documentário, alguns pontos que chamaram atenção e foram lembrados por alguns alunos após a aula, sendo apresentados a seguir:
Jorge: “Além da miscigenação de genes, foi colocada a aquisição, criação de uma nova cultura, com características e aspectos de diferentes raízes”.
Rafael Trentin: “Diferentes maneiras de trabalho com imagens, neste buscando os “porquês” da colonização, escravização, origem da capoeira, entre outros, saber buscar a história e mostrar através deste a contextualização do mesmo”.
Kauê; “Realidade da história do Brasil que não é contada nas escolas, não detalhadamente como nos mostra o documentário”.
Alyne; “Darci Ribeiro fugiu do hospital para concluir sua obra, mistura do português com algumas raças, era considerado um “Zé ninguém””.
Luan; “Ver em outra perspectiva a formação da cultura brasileira, levando mais em consideração a origem indígena”.
Alexandre: “Talvez seja uma verdadeira história de como foi à colonização do Brasil, “um dos relatos mais fundamentados que já vi””.
Tiago Alves: “Achei muito interessante a vivência coletiva e pacífica dos índios”.
Stephane (Francês): “Aprender o “inicio” do Brasil, as diferentes miscigenação, ver como os povos influenciaram as capoeiras, bem como os estrangeiros influenciaram o Brasil hoje”.
Nicolás (Português): “Acho legal que o Darci Ribeiro tenta contar a história de diversos pontos de vista incluindo o ponto de vista do oprimido”.
O documentário produzido por Darci Ribeiro é baseado em seu livro, com o título de “O povo brasileiro”, que está dividido em 07 capítulos, nas quais ele apresenta as matrizes da cultura brasileira. O primeiro capítulo fala da “Matriz Tupi”, uma perspectiva que apresenta o índio como uma matriz para a origem do povo brasileiro (como comenta o Luan). O segundo e o terceiro capítulos são as matrizes Luza e Africana que tentam contar a história sob outros pontos de vista, (como lembra Nicolás e Rafael Trentin) ou outros pilares da formação do povo brasileiro. No quarto capítulo, denominado “encontros e desencontros”, o fato mais latente era a situação de dominação da raça “inferior” (não brancos), obrigando-os a realização de trabalhos pesado e trancafiados como animais após o exercício da função. Isso aconteceu em virtude das diversas miscigenações étnicas, que deram origem ao povo conhecido como “brasileiro”. Este não possui origens bem definidas ou únicas, dadas as diferentes raças que aqui estiveram.
Outro ponto abordado foi como relacionar esses fatos (descobrimento, colonização, escravização e miscigenação) com o foco da disciplina capoeira, sua origem, seus ensinamentos e diversidade cultural. Assim, foram levantados alguns tópicos a serem discutidos, entre eles o denominado pelo documentário de “primeiro ato”, onde os personagens são os portugueses e os índios. Nele os índios homens foram “condenados” ao trabalho de desmatamento do Pau Brasil que era simbolicamente trocado por objetos (espelhos e miçangas), e as mulheres fadadas a realizarem os desejos sexuais dos senhores dando origem a filhos “de ninguém”, considerados os “Zés ninguém” (colocado pela Alyne). Sem raças determinadas eram levados a catequese, esta reunia crianças com diferentes origens e línguas, forçando-as a se comunicarem, fragilizando sua cultura, mas também dando origem a outras culturas com características e aspectos diferentes (como colocado pelo Jorge).
No “segundo ato”, a troca do Pau Brasil já não existe e sim o escravismo, a escravização de um povo que outrora vivia em uma situação pacífica (como coloca o Tiago), os homens escravizados, realizando trabalhos braçais e sem liberdade, as mulheres agora eram apenas objetos para consumo, estupro, violentadas sexualmente, serviçais para a produção de mão de obra e outras reprodutoras.

Assim começa a opressão totalmente explícita, origina-se o desejo de liberdade de expressão, do corpo e da alma. Talvez a partir deste ponto, com as fugas e a necessidade de defender-se os, agora escravos, dão origens a uma luta, uma defesa corporal, que possivelmente mais tarde veio a ser denominada de CAPOEIRA.

Relatório de aula 18 de abril de 2013

Relatório de aula 18 de abril de 2013

Alexsandro João de oliveira
           
Nesta data a aula iniciou como todas as outras, uma roda bem fechada e com os alunos unidos para que as energias da roda fossem mantidas. Na mesma roda foram iniciados os alongamentos, um aluno apoiado no outro, todos como peça principal para manter o grupo. Acredito que é fundamento da capoeira, a união para vencer as batalhas que surgem durante a vida.
            Nesta roda, durante o alongamento, o professor Fabio fez algumas reflexões e apresentou a pauta da aula do dia, a aula teria foco em trabalhos de pernas com movimentos giratórios. Em seguida ele fez uma recapitulação dos movimento executados até o momento, estes eram: esquiva alta, media, de angola e negativa, meia lua, armada, cabeçada, martelo, meia lua de compasso etc. e deu um aviso, que ao final da aula seriam chamados individualmente os alunos para uma conversa referente ao texto “o que é capoeira”  indicado pelo professor.
            Nesta aula o intuito foi desenvolver técnicas de movimentos giratórios de pernas. Porem Iniciou as atividades recapitulando a esquiva baixa conhecida também como esquiva de angola. Executamos diversas vezes ate os alunos conseguirem aprender o movimento. A partir de então o professor deu inicio aos movimentos giratórios de pernas propriamente ditos.
            O movimento deveria ser executado como se fosse dar uma meia lua frontal simples, porem, ao invés do pé passar a frente em forma de meia lua ele apenas da apoio para o pé que vem de trás executar o giro da armada. O movimento seguinte era progressão do mesmo movimento só que desta vez, duplicado, a armada dupla. Executamos diversas vezes o movimento para ambos os lados com o intuito de fixá-los. Em seguida o grupo se organizou em duplas para executar o movimento aprendido, era necessária uma pequena distancia de segurança, pois eles seriam executados simultaneamente. Um aluno começava a armada e o outro executava em seguida, ambos  com movimentos duplos.
            O movimento seguinte foi desenvolvido em duplas diferentes das quais já haviam sido feitas. Um aluno ficava com o braço estendido enquanto o outro executava a meia lua e em seguida a armada ambos os movimentos acertando o pé na mão do companheiro simulando o ataque. O movimento era feito alternando com o companheiro.
            O próximo movimento a ser executado foi a meia lua de compasso, nesta o individuo coloca uma das pernas a frente apóia as duas mãos no chão, projeta o calcanhar do pé que se encontra atrás contra o adversário, com a perna estendida. Isso é feito, por exemplo, colocando-se a mão direita no chão, atrás do calcanhar esquerdo e vice-versa. É da rotação do tronco que sairá a potência do golpe. Após o movimento, o praticante retorna à posição inicial. Depois de executado o movimento simples e individualmente a proposta foi desenvolver a meia lua de compasso dupla, um de cada vez. O movimento era executado com uma pequena variação, em quanto um aluno atacava com a meia lua de compasso o outro deveria esquivar e já preparar para executar a meia lua em seguida. Este movimento deveria ser repetido por duas vezes, sendo ao final quatro movimentos seguidos, dois de cada aluno da dupla.
            Ao final da aula, como havia mencionado o professor, ele foi chamando um aluno por vez para uma conversa sobre o texto já mencionado acima. Em quanto os alunos eram chamados, o monitor assumiu a turma desenvolvendo alguns golpes. Iniciamos a atividade com a armada seguida de Aú e finalizando a aula se trabalhou a seqüência rabo de arraia com Aú.
            O rabo de arraia é uma técnica muito semelhante a meia lua de compasso, porém não se utiliza as duas mão no chão. No giro a perna é projetada em direção ao oponente, a intenção é acertar com os calcanhares no adversário. Pode ser aplicado com uma das mãos no solo ou não. O é um movimento onde se permite a aproximação ou afastamento do adversário, Consiste em colocar as mãos no chão e depois os pés para o alto, e terminá-lo em pé, uma espécie de estrela, nos movimentos simultâneos foram utilizados o rabo de arraia seguido do Aú.

            Ao final sentamos em roda e como de costuma, nas aulas do professor Bagé, conversamos sobre a aula do dia, dificuldades e aprendizados para a vida.

Relatório aula de capoeira de 04/04/2013:


Relatório  aula de capoeira de 04/04/2013:
                                                           Stéphane Mourot

            A aula foi uma aula/oficina ministra pela professora Jô Capoeira (Grupo Palmares), que pratica capoeira a mais de 20 anos. Ela ensina capoeira nas escolas, para crianças. Seu blog registra sua trajetória na capoeira e fala muito sobre suas emoções e percepções de ser uma capoeirista da ilha.  Endereco: http://jocapoeira.wordpress.com

            A aula começou com aquecimentos em roda. Enquanto fazia os aquecimentos a professora fazia perguntas à turma sobre a capoeira. A maioria falou que nunca fez capoeira antes dessa disciplina.

Depois deste aquecimento, a gente fez 2 brincadeiras:

A primeira foi uma adaptação da brincadeira “gato e rato”. A professora transformou essa brincadeira em “escravo e capitão do mato”. O principio é de formar uma roda, e escolher um escravo e o capitão do mato. Este sai da sala para que os outros escolham um numero, que é a hora  que o escravo “sai de casa”. O Capitão do Mato entra na sala, enquanto a grande roda esta se movimentando.
Capitão do Mato:  - “ESCRAVO ESTÁ NA SENZALA?”
Todos:  - “NÃO”
Capitão do Mato: “QUE HORAS ELE CHEGA?”
Todos: “NÃO SEI”.
Capitão do Mato: (começa a falar as horas, até acertar)
Quando o Capitão do Mato acerta a hora, o escravo tem que sair do meio da roda e o Capitão do Mato corre atrás dele até pegá-lo.
O objetivo dessa brincadeira é o fazer com que os alunos aprendam a história da capoeira e do Brasil brincando.
           
            A segunda brincadeira foi um jogo de pegador-corrente, onde aquele que pega vai formando uma corrente com os colegas pegos. Mas aqui, as pessoal deveria se movimentar apenas com os mãos e pés no chão. E uma forma de descobrir outros modos de se movimentar, que o capoeirista pode utilizar (depois de uma esquiva por exemplo, quando ele esta no chão)

            Depois, a gente praticou movimentos e técnicas de capoeira. Trabalhamos a negativa e golpes simples, como a meia-lua. O método era simples: uma parte sozinho e, depois, uma parte 2 a 2. Aprendemos também a juntar os movimentos, por exemple esquivar e dar um golpe depois.  A gente fez também um trabalho 2 a 2 sobre o Aú.

            A parte seguinte da aula foi mais teórica. A professora Jô apresentou os instrumentos que acompanham a roda. Esses instrumentos são:
- O berimbau: e o instrumento que dirige a roda, ele define o inicio e o fim do jogo, o ritmo e o modo de jogar. Normalmente, sempre tem 3 berimbaus na roda. Tem 3 tipos de berimbau: o berimbau grave (o berra-boi), o berimbau médio, e a viola (som mais alto e agudo).
Aprendemos três toques  : o tom alto, o tom baixo e o zumbido. A disposição desses sons, faz o tipo do jogo. Por exemplo, para o jogo Angola, o berimbau vai fazer: dois zumbidos, um tom baixo, e um tom alto.
           



            O pandeiro: O pandeiro acompanha o berimbau. Tem um ritmo básico, mas o tocador de pandeiro é permitido executar floreios e viradas para enfeitar a música. Tem 2 pandeiros na roda.
           

           
            O atabaque: E um instrumento de percussão, tocado com as mãos (pode ser também tocado com baquetas) .


            O agogô: Instrumento de percussão também, faz um som metálico.

O reco-reco:

A professora ensinou como tocar esses instrumentos,  ela explicou também como é fabricado o berimbau.
Depois, falamos sobre o ensino da capoeira com as crianças, porque a professora trabalha muito com as crianças. Ela disse que com os pequenos, a aula é bem livre, o objetivo é de ter um contato com a capoeira e seus princípios básicos. Com as crianças maiores (7-8 anos) a professora fala mais sobre a disciplina da roda, como não deixar o espaço vazio, apenas dois jogando, esperar que o mestre lhe chame antes de jogar etc...


Para terminar a aula, fizemos uma roda, tocando os instrumentos e jogando. Foi a primeira vez que a gente jogou, então foi um pouco emocionante. Um capoeirista que passou na sala fez um jogo com o Bruno. O jogo muito espetacular, que deixou todo o mundo sem voz.
Acho que com essa primeira roda, todo o mundo descobriu de verdade o que era a energia da capoeira, porque foi um momento com uma energia especial, com a roda, a musica, o jogo, todo o conjunto.